Essa semana li um blog de um conhecido pastor dizendo-se meio calvinista por acreditar na depravação total e na perseverança dos santos, 1o e 5o ponto do calvinismo e não no restante. O problema dessa abordagem , além da falta de consistência lógica - pois os pontos são amarrados (quer a pessoa concorde com arminianismo ou com o calvinismo), é que não foi esclarecido o que é depravação total.
Basicamente, depravação total é a doutrina que ensina que o ser humano nasce espiritualmente morto e não consegue buscar a Deus ativamente e crer no Evangelho. (Entendo que João 6:44-45 sustenta esse ponto). Se, então, a Bíblia aponta que o ser humano já nasce espiritualmente morto e sem mérito diante de Deus como um filho de Adão que pecou representando toda a raça humana e se Adão pecou, todos pecaram (Romanos 5:12-18) não há como ser salvo se não por uma livre iniciativa da graça soberana de Deus.
Meu ponto é que entendo que o arminianismo não crê na depravação total e sim numa depravação parcial, ou seja, o homem nasce espiritualmente morto e longe de Deus mas ele pode optar ou rejeitar a graça através de seu livre-arbítrio (de acordo com a crença arminiana). Não estou debatendo quem está certo ou não e sim a necessidade de se conceituar corretamente os termos teológicos.
Ótimos livros sobre o assunto:
Martin Lutero, Nascido Escravo, Ed. Fiel
Charles Spurgeon, Livre-arbítrio, PES