Um aluno de um seminário e conhecido pessoal me enviou algumas perguntas , uma entrevista, sobre o assunto da pregação. Essa pequena entrevista faz parte da matéria sobre o assunto e decidi colocar no blog ainda que não tenha abordado o assunto de forma profunda. Mesmo assim torço para que seja util. Algumas alterações foram feitas (referente a entrevista original).

1. Quantas vezes você prega por mês?


R: Três vezes por semana; 1 vez 4a feira e 2 vezes domingo. Entre 12 a 16 por mês (ocasionalmente aumenta porque prego em outra igreja ou no culto jovem sábado).


2. Como você decide o que pregar?

R: Dependendo do que discernir de acordo com a necessidade da comunidade (encorajamento, confrontação, conhecimento, etc.....)


3. O que você mais gosta na pregação?

R: De pregar o Evangelho de Jesus Cristo em sua pessoa e obra em cada porção das Escrituras.


4. Que tipo de mensagem você mais gosta de pregar, e por que: sermão expositivo em série (versículo por versículo através de um livro); sermão textual (expositivo, mas não em série); sermão tópico; sermão evangelístico?

R: Sermão expositivo-sequêncial em série. (Embora as vezes pregue o textual-expositivo)


5. Quanto tempo dura seus sermões, na média?

R: 40 minutos a 1 hora domingo a noite. Domingo pela manhã e quarta feira , 25 minutos. (No contexto onde sirvo o Evangelho, o culto principal é o da noite e o da manhã é em seguida da Escola Dominical. Quarta-feira a ênfase é oração por isso o curto tempo da mensagem.)


6. Como que você estuda o texto que vai pregar?

R: Leitura do próprio texto dentro do contexto, leitura de vários comentários exegéticos de linha conservadora (que aceita com integridade o texto inspirado).


7. Você faz apelos? Quando? Como?

R: Não gosto de fazer. (Entendo que não tem base bíblica como tem: leitura, oração, adoração, comunhão e pregação. Foi uma pratica instituida no século XIX com Charles Finney. O apelo que faço é o convite ordenado nas Escrituras para o pecador abraçar o Evangelho de Cristo. Isso não quer dizer que eu seja radicalmente contra quem faz apelo.)

8. O que mais deseja ver como resultado da sua mensagem?

R: O Evangelho operando transformação no coração das pessoas. Lindo d+!


9. Se você pudesse dar um conselho para um jovem pregador, qual seria?

R: Centralize a sua pregação no Evangelho e pregue para você mesmo antes de ir ao púlpito.



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O pastor Helder Nozima publicou o impacto da conferência em seu coração aqui (o que pode ser assinado em baixo pelos participantes da conferência) e Jay Bauman apresentou os preletores. Meu objetivo é apenas narrar o que foi abordado e apresentar o conteúdo de forma resumida.

Foto: Minha esposa, eu e Jonathan Dodson (um dos preletores, a29 Texas/EUA).

O tema da conferência foi A chamada ao Evangelho que é a bandeira da Atos 29, uma chamada a voltar para o Evangelho de Jesus. A conferência foi organizada em parceria com a Restore Brazil, uma rede de plantadores em atividade no Brasil. Jay Bauman diriga ambas instituições no Brasil.


Esses dois pastores são líderes da Atos 29 nos EUA e servem em igrejas em Orlando, Florida e Austin, Texas respectivamente. Foram traduzidos de forma excelente por Fabiano Medeiros , editor da Edições Vida Nova. Chan, que também foi palestrante na primeira conferência abordou a chamada e a centralidade do Evangelho na vida do discípulo. Salientou sobre o cuidado em sermos justificados pela fé e santificados pelas obras. Abordou a salvação evangélica em Cristo Jesus como base da justificação e também como base da santificação. Uma abordagem mais centrada no Evangelho para o crescimento espiritual. Jonathan tratou sobre comunidades missionais centradas no Evangelho com foco na missão de Jesus (que era resgatar pecadores). Foi um verdadeiro chamado a todos ali para viverem e liderarem , respectivamente a vida pessoal e a comunidade cristã centradas radicalmente em Jesus.


Antonio já é figura conhecida no Rio de Janeiro e Brasil pelo seu pastorado e militância social na área de segurança pública. Na conferência falou sobre a justiça social como evidência do Evangelho, sobre o cuidado de uma ética privada somente e a negligência da ética pública (ou santidade pública). Falou sobre a graça comum como um conceito bíblico que empurra o crente para um relacionamento com a cultura e a sociedade.

Felipe Assis, pernambucano (casado com uma americana) e torcedor do Sport, pastoreia em Miami, EUA, uma igreja presbiteriana conectada com a Reedemer, conhecida por causa de Tim Keller. Felipe falou sobre o Evangelho, a igreja brasileira e as cidades. Abordou um distanciamento das igrejas para com o Evangelho seja pela tradição histórica ou emocionalismo superficial desafiando os presentes a focarem no Evangelho, primariamente para nós mesmos antes de pregarmos. Falou sobre como Deus olha as cidades de forma positiva pois a criatividade urbana faz parte do mandato cultural no drama da redenção. Felipe se caracterizou pela forma profética em sua palestra e também o seu bom humor.

Jay Bauman

O Jay é um querido missionário americano casado com uma brasileira que foi chamado por Deus para vir ao Brasil articular uma rede de plantação de igrejas centradas no Evangelho através do Restore Brazil. Ele falou sobre a necessidade de rede de plantação de comunidades centradas no Evangelho no Brasil. Restore Brazil oferece treinamento mensalmente no Rio de Janeiro.

Logística e Comunhão

No primeiro dia houve uma recepção calorosa no final do dia para lanche e comunhão entre os participantes. Os louvores foram dirigidos por Dell Cordeiro e João Costa. Uma caracteristica dessa segunda conferência foi uma alegria espiritual no Senhor que tomou conta de todos os participantes.

Algo que quero comentar é que, igualmente como ano passado, os preletores mostraram muita humildade e servidão interagindo de igual para igual com os participantes ora ouvindo e respondendo perguntar, ora conversando nos intervalos e no almoço informalmente ouvindo e aconselhando quem procurava. Se mostraram verdadeiros servos de Cristo.

Ministérios e Stands

Alguns ministérios marcaram presença apoiando a conferência e destaco dois deles que tenho o privilégio de servir. A editora Tempo de Colheita (onde sou conselheiro editorial) esteve presente com boa literatura na área de discipulado e igreja missional além de outros títulos de outras editoras. Foi uma benção servir os participantes vendendo e distribuindo rica e saudável literatura. O maior feito foi o lançamento da obra "Total Church" da Tim Chester e Steve Timmis (que ia ser um preletor mas não pode vir ao Brasil por problemas de saúde).

A obra é excelente (já estou lendo e desejo fazer uma resenha em breve) com uma linda capa (Valeu Eduardo Mano) e Jay Bauman escreveu uma convidativa apresentação. Uma obra e tanto que aborda como o Evangelho molda a comunidade na missão.

Esteve também presente a ETR - Escola Teológica Reformada (onde tenho a honra de servir no corpo docente) sediada na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Esse seminário que oferece diversos cursos e treinamento em Teologia é marcada pela seriedade para com a Palavra de Deus, a piedade em Cristo e o cumprimento da missão. Uma escola que caminha de forma missional sendo algo raro no Brasil.

Com esse resumo espero tanto introduzir como foi a segunda conferência esse ano quanto aguçar a sua participação no ano que vem se Deus assim permitir.

Foi uma benção! Para a glória de Jesus.

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Faz algum tempo em meu coração o desejo de apoiar alguma obra missionária. Como resposta de Deus, veio o amigo Pr. David Romer que frequenta o mesma rede que eu (Restore Brazil) e foi aluno do seminário onde leciono (Escola Teológica Reformada).

Pr. David Romer pode ser conhecido pelo seu blog Satisfeitos pela Verdade e seu campo missionário será a França. No Rio de Janeiro , Pr. David serviu como obreiro de jovens na IP Barra, serviu com os Surfistas de Cristo e ainda é surfista.

Na França desenvolverá estudos, auxiliará igreja e estudará Teologia a nível de mestrado.

Você também pode se envolver nessa obra.

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Semana passada pude ver a estréia do quinto filme da série Velozes e Furiosos em sua maioria protagonizada pelos atores Vin Diesel e Paul Walker. A série gira em torno de um forasteiro e sua turma que são apaixonados por carros turbinados e corridas (rachas) e um agente do FBI (ex) que mantém essa mesma paixão e se une ao grupo com foco em alguma missão.

No quinto filme, a dupla juntamente com uma equipe seleta cujos componentes já haviam participado de trabalhos com um ou com outro. Condenado a prisão, Dominic Toretto (Diesel) é resgatado pelo amigo ex policial e sua irmã que namora o ex agente. Fogem para o Rio de Janeiro onde atuam em um trabalho ligado a um mafioso local e também são procurados por uma equipe de agentes federais. Ao verem problemas decidem parar e fazer apenas um ultimo trabalho convocando a equipe mas precisam vencer a equipe do mafioso (que no filme tem muito poder e influência usando até a própria policia que é retratada de forma bem corrupta) e não serem pegos pelos agentes federais dos EUA.

O filme foi alvo de criticas (não só pelo portugues mal falado pelos personagens "brasileiros") mas por retratar o Rio de Janeiro como lugar cheio de corrupção.

As reflexões missionais seguem para o mesmo lugar que a resenha da animação "Rio - the Movie".

1 - O filme faz a propaganda da beleza do Rio e já sabemos A quem ela glorifica (Salmo 19:1).

2 - Parodiando a análise de Tim Keller da parábola do Filho Pródigo em Lucas 15:11-32: Os corruptos e vilões são os irmãos mais novos (corte rebelde); Os agentes federais são irmãos mais velhos (corte religioso) e a equipe, um mix dos dois irmãos (tanto rebeldes quanto religiosos - sim, isto é possível). A conclusão é que todos necessitam da graça do Pai através do Evangelho de Jesus Cristo.

3 - Jamais como cristãos podemos apoiar o estilo de vida dos "mocinhos" que embora sejam "mocinhos" no filme, vivem a margem da lei algo que é proibido e contrário a Palavra de Deus (Romanos 13:1-7). No filme são retratados como foras da lei mas com grande coração. Esse "grande coração" precisa de redenção também.

4 - Embora, como muitos, não tenha gostado de uma produção estrangeira retratar aspectos ruins da nossa cidade (corrupção policial, poder paralelo nas comunidades carentes - favelas - no Rio, participação de empresário nesse sistema de corrupção) não se pode negar que há um fundo de verdade nisso tudo.

Somente o Evangelho de Jesus Cristo (sacrificado por pecadores, ressuscitando como vitorioso sobre a morte consequente do pecado) , revelando a glória de Deus para a salvação de pecadores pode transformar os corações cariocas (assim como em todo mundo) e consequentemente ver uma transformação social da cidade do Rio de Janeiro (através do Evangelho).

Vale a pena ver o filme se o cinefilo for atraído por filme de ação (como é o meu caso) mas , como tudo na vida de um discípulo, uma ida ao cinema também faz parte da missão, principalmente quando se refere a missão na nossa cidade.

Desejo boa ida ao cinema para você. Vá em missão.

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