Aproveito para desejar aos leitores deste blog, amigos e irmãos na fé em Jesus Cristo uma feliz Páscoa com clareza de seu real significado.

Na nossa cultura consumista do século XXI a ênfase está na compra e venda dos chocolates, na imagem do coelho ou no feriado e no descanso que o feriado proporcionará a você (ou talvez o seu caso seja o de trabalhar mais para fazer hora extra e ter mais ganho no orçamento).

Mas a unica e real satisfação que o ser humano pode ter está na pessoa bendita de Jesus Cristo, o ser que é 100% homem e 100% Deus, que encarnou na história e sofreu, morreu substituindo pecadores e ressuscitou vitoriosos sobre a morte. Jesus Cristo é a glória de Deus revelada e encarnada em face humana (2 Co 4:6).

Que Jesus Cristo, glorificado a destra de Deus reinando sobre todo o Universo e também habitante e Rei do coração daqueles que o professam como Senhor de suas vidas, seja o tesouro, o alicerce, o fundamento de toda a nossa vida.

A minha oração é que a minha amizade, meu ministério, meus textos virtuais os ajudem a serem mais próximos e andarem mais com Jesus.

Feliz Páscoa, para a glória de Jesus.

P.S: Indico o excelente material coletado pelo site Voltemos ao Evangelho sobre a morte de Jesus editado pela Mars Hill Church: http://www.youtube.com/watch?v=hNEZzzGY9ms&feature=player_embedded

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A minha segunda feira foi muito legal. Um dia em que duas paixões se manifestaram em um hobby. A ida com minha esposa ao cinema no dia da folga pastoral (paixão pela Eulina) e o filme abordava a minha cidade natal (paixão pela cidade).

Ainda que não esteja pastoreando em um contexto urbano, as tendências de uma capital rapidamente chegam ao interior. E vários cariocas migram para Iguaba Grande e região dos Lagos em sua aposentadoria ou buscando mais tranqüilidade fora do agito urbano.

O carioca é originalmente conhecido pela sua ginga, malandragem, paixão pelo futebol e samba no pé. A Disney até inventou um personagem, o “Zé Carioca” para personificar o habitante do Rio de Janeiro.
Rio, The Movie” tem sido visto por muita gente e os comentários são bons e animadores. Não tenho aparato para comentar do ponto de vista da arte, mas o faço do ponto de vista do Evangelho (afinal, sou um pastor e não um crítico de cinema):

1 – O Evangelho toca em todas as áreas da vida. Uma, dessas áreas, é o amor e o serviço a cidade. O Evangelho responde os problemas sociais levantados pela cidade. O Evangelho transforma os corações e envia as pessoas para a cidade em missão. Há um espaço singular para a cidade na Teologia Bíblica da Missão (Jeremias 29:7).

2 – A beleza demonstrada na animação, tanto na beleza natural (seja nas paisagens naturais lindas que o Rio de Janeiro contém, seja na beleza das aves que apareceram no filme), quanto na beleza musical e artística demonstrada no filme, refletem a glória de Deus (Salmo 19) revelada na criação natural (Essa glória só é conhecida de forma relacional através do Evangelho na resposta em arrependimento e fé em Jesus Cristo morto em lugar de pecadores e ressurreto ao terceiro dia, pela graça divina).

3 – Há um valor saudável na defesa dos animais contra comércio ilegal de aves e a matança sem sentido gerando extinção, pois essa atitude é conseqüência da queda de Adão e do Pecado Original (parodiando Agostinho) (Romanos 5:12-18). O pecado gera  idolatria (nesse caso a do “eu” e do dinheiro) e egoísmo. O contraste social (dicotomia) entre asfalto (rua, prédios) e favelas (comunidade carente) também é conseqüência do pecado (pecado social).

4 – É um ótimo filme para se conhecer a cultura do Rio de Janeiro (e devemos interagir com a cultura por causa e pela graça comum de Deus). Embora não haja problemas com o samba musicalmente falando, a exposição corporal, principalmente das mulheres é idolatria e promiscuidade - 1 Coríntios 6 e 7).

5 – Há excelentes insights para a pregação do Evangelho e o estilo de vida missional (viver em missão – Mateus 28:19) por exemplo conhecendo o estilo de vida e a cultura de um cientista especialista em aves e frequentador da zona sul e sua amiga americana de Minnesota e também o contexto da favela e da comunidade carente (que pela necessidade social e econômica exige uma postura específica para o semear o Evangelho) além de uma abordagem da lapa , centro da boemia carioca.

Além da animação e lazer que o filme proporciona a quem vai assistí-lo, os discípulos de Jesus podem e devem ter percepções culturais e missionais tanto para quem tem interesse (seja cultural, seja turístico) sobre o Rio de Janeiro ou para quem segue o Senhor Jesus no contexto carioca.

Que Deus abençoe o Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa, seja glorificado em sua beleza e a transforme pelo poder do Evangelho a cada dia.

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      Eu gosto de esportes particularmente o basquetebol, paixão que mantenho desde a adolescência. Assistindo um jogo nacional vi a sentença como slogan de uma marca esportiva: “O Brasil não se explica, se sente”.

Ao ler a frase, refleti sobre como entender melhor o país que nós vivemos e como tornar o Evangelho mais conhecido e influente, e como isso opera no contexto da igreja local e da missão de Jesus.

A frase expõe o calor e a afeição do Latino americano em sua paixão e alegria (demonstrada, por exemplo, na musicalidade). E o brasileiro, particularmente o carioca, é bastante passional em suas emoções, sendo o aspecto afetivo muito relevante para a apreensão de conhecimento. Um exemplo disso é que na igreja local, uma pessoa ou um grupo pode não concordar com a teologia que o pastor, a liderança ou a igreja segue, mas permanece ali por vínculos afetivos com a comunidade. (Embora sejamos influenciados pela cultura do primeiro mundo, particularmente a americana, em questões como empreendedorismo e praticidade e o maior uso da mente e razão por causa da globalização)

A importância da Teologia das afeições

Por isso, é importante para nós cristãos, buscarmos usar esse aspecto da cultura brasileira para a missão de Jesus e o discipulado na comunidade local. A própria Bíblia nos empurra para isso (Jesus chamando pescadores para serem pescadores de homens – Marcos 1:16-20 e Paulo no areópago em Atos 17 dentre outros).

É muito importante então ler Jonathan Edwards, ainda que em um contexto tanto no tempo, como geograficamente distante do nosso, ele é quem na história da igreja, mais aprofunda teologicamente a questão das afeições mostrando tanto o seu valor, quanto o perigo do excesso (polarização que assistimos em nosso contexto). Ele salienta que o uso das afeições publicamente na comunidade não é necessariamente um verdadeiro sinal de conversão e verdadeira relação com Deus, mas que o novo nascimento que o Evangelho traz  toca nas afeições conduzindo o crente a um relacionamento apaixonado com Deus através do Evangelho de Jesus.

Quem aplica isso bem em nossos tempos é o conhecido pastor John Piper que estará no Brasil esse ano (outubro) na conferência Fiel e em outros locais. Baseado em Edwards, ele salienta que “Deus é mais glorificado em nós quando estamos plenamente satisfeitos Nele”, tendo como a sua ênfase teológica o prazer e a alegria em Deus em todas as áreas da vida, que é chamado de hedonismo cristão.

Por mais que eu não concorde com algumas coisas, Rick Warren e o Best seller “Igreja com propósitos” com sua metodologia é a que mais está contextualizada para a cultura contemporânea (transição entre modernidade e pós-modernidade) mais focada em relacionamentos do que o aspecto cognitivo da verdade (claro que esta não sendo negligenciada, mas o uso dos relacionamentos que está em evidência deve ser utilizado para alcançá-la), cultura esta que a minha cidade natal, Rio de Janeiro, está inserida.

Um chamado ao equilíbrio

        Na Palavra de Deus está escrito “Amarás o Senhor teu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo entendimento” (Mateus 22:37). Na Bíblia, percebemos que o homem pensa, sente e age. Sabemos na prática que um desses três sobressai mais e um menos. O problema de focar apenas nas afeições em detrimento da razão e da vontade é o risco de um suicídio intelectual em nome da fé. Kierkegaard, embora tenha o seu valor, caiu nesse erro ao dizer que a fé no Evangelho é um salto no escuro. Abraçar o Evangelho é um chamado para luz e não um salto no escuro.
Ao trabalharmos as afeições, sabemos que na visão de liderança tri-perspectiva, o sacerdote que foca nas emoções das pessoas tem um imenso valor e relevância no contexto brasileiro e que um ministério mais profético (considerando apenas o aspecto cognitivo da verdade) negligenciando o aspecto emocional, estará fadado à irrelevância e a estagnação ministerial. Mas, se houver apenas o foco nas emoções e no coração sem considerar um estudo mais diligente da Palavra, haverá o risco de permanecer na infantilidade evangélica ou imaturidade espiritual.

O Evangelho nos conduz ao equilíbrio.

Para meditar
     
      Como usar o ser passional do brasileiro e do carioca para pregar o Evangelho? Esse aspecto influencia (ou deve influenciar) a nossa abordagem?

Devemos manter apenas o aspecto emocional-afetivo em detrimento do aspecto do conhecimento da verdade e da vontade funcional? Podemos e devemos equilibrar os três?

No Brasil e no Rio de Janeiro prevalece o aspecto afetivo-emocional. Podemos trabalhar dando mais ênfase a esse e desenvolvendo outros ou devemos lutar para equilibrar os três em simetria?

Qual o papel dos relacionamentos e da informalidade nas comunidades cristãs e evangélicas? Totalmente negligenciado ou totalmente focado (maior ênfase em sociabilidade)?

Que Deus edifique no Brasil e no estado do Rio de Janeiro mais e mais comunidades que o adorem apaixonadamente “em Espírito e em verdade” para a Sua única e exclusiva glória e majestade.

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Entre os dias 23 à 25 de maio, se o bondoso e soberano Deus permitir, estarei na 2a conferência da rede de plantação de igrejas Atos 29 Brasil filiada a Acts 29 Network. Você pode ter mais notícias neste blog aqui. Ainda essa semana há um desconto para a inscrição. A primeira foi muito impactante em minha vida e ministério e por isso estou super animado para a segunda pelas seguintes razões:

1 - É uma conferência centrada no Evangelho da graça de Jesus Cristo. Não há motivação ou metodologia que tenha mais ênfase do que o Evangelho. O Evangelho transforma a nossa vida e formata nosso ministério sendo a base dele e a totalidade dele. Como é importante a centralidade do Evangelho no ministério.

2 - Ouvimos sobre uma abordagem prática e funcional sem perder o afeto e o coração ardendo pelo Evangelho e sem faltar com a profundidade bíblica e teológica necessária para um pastor, missionário ou líder na igreja local.

3 - Preletores de alto nível com boa formação e larga experiência no engajamento com plantação de igrejas e/ou igreja local. Boa interação deles com as pessoas no congresso.

4 - Tempo para louvar e adorar o Senhor com um equilíbrio entre o louvor ungido pelo Espírito Santo e uma qualidade musical de nível profissional.

5 - Um abençoado e gostoso tempo de comunhão com líderes íntegros que se quebrantam diante de Deus e buscam o encorajamento mútuo na labuta do ministério do Evangelho. Rever algumas amizades e construir novas.(No congresso passado, os participantes juntos pareciam da mesma família. Porque na verdade somos da mesma família em Cristo Jesus)

Há vários outros, mas paro por aqui. Eu e minha esposa estamos muito animados pela oportunidade e privilégio de participar de uma conferência como essa. Esperamos em Deus que seja uma benção para nós assim como para todos os participantes.

A conferência será no Rio de Janeiro, no bairro da Barra da Tijuca, na Igreja Presbiteriana. Inscreva-se logo, não perca, espero você lá.

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